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O QUARTO DE JACK


Fonte: La cabecita.com

O quarto de Jack ou simplesmente “Room” é um drama que gira em torno de uma mãe que vive em cárcere com seu filho.

Algo que torna a trama intensa e bastante filosófica é o fato de que Jack (Jacob Tremblay) não sabe que vive isolado do resto do mundo.

Na verdade ele acredita que o mundo se resume ao quarto onde ele e sua mãe (interpretada por Brie Larson) vivem.

O garoto de 5 anos entende que, numa primeira superfície está o quarto, na segunda o Espaço Sideral (que segundo ele é onde se encontra “os planetas da tv”) e na terceira, o Céu.


Por diversas vezes Jack expõe a sua visão de mundo através de discussões internas, o que acaba aproximando o personagem do telespectador e consequentemente o envolvendo ainda mais.

“Monstros são grandes demais para serem reais. O mar também. Pessoas da TV são achatadas e feitas de cores, mas você e eu somos de verdade. O Velho Nick... não sei se é de verdade. Talvez mais ou menos!?” – Pensamento de Jack.


“Monstros são grandes demais para serem reais. O mar também. Pessoas da TV são achatadas e feitas de cores, mas você e eu somos de verdade. O Velho Nick... não sei se é de verdade. Talvez mais ou menos!?”

– Pensamento de Jack.

Todo alimento e utensilio presente no cômodo é trazido pelo “Velho Nick” (Sean Bridgers)- Um homem que o pequeno não sabe se é real ou não.

O garoto também crê que tudo que é levado pelo Nick, surge através de mágica.

Um detalhe bastante curioso é que, Jack enquanto habitante do quarto, vivia fantasiando com coisas do mundo fictício – vulgo Planetas da TV – mas quando lhe é dito que grande parte do que ele acredita ser fantasioso, é real, a criança se retrai com medo do que há além do espaço em que se encontra.

Em vários momentos (como o que foi citado anteriormente), o filme acaba evocando o Mito da Caverna de Platão. Na verdade, “O quarto” acaba sendo a própria caverna de Jack. Sim! De Jack. Não de sua mãe Joe (nome pouco citado), que inclusive, foi quem plantou o mito na mente do seu dependente. (Já lhes adianto que ela teve seus motivos!).

Adianto-lhes também que parte do filme é voltada para a adaptação dos personagens principais a vida fora do cubículo habitado por anos.


Fonte: angel-lectorimpertinente.blogspot.com

Eu basicamente trago uma resenha baseada no mundo, hábitos e reações do inocente Jack e confesso que o jeito esperto e protetor, apesar de infantil, do menino foi um dos motivos que me fizeram falar bastante sobre o mesmo. Mas a principal razão de não ter ido além às descrições, tanto de outros personagens quanto de espaços e detalhes (que normalmente seriam simples e fundamentais), é que elas podem ser muito reveladoras e eu recomendo que assistam ao filme sem procurar bastante sobre o desenrolar do mesmo, antes. As descobertas se tornam muito mais impactantes e o envolvimento é muito maior. Eu garanto!​

Sendo assim, para entender Joe e saber sobre, o que levou mãe e filho a viverem a parte do mundo, a dependência que um tem do outro, como eles saem do isolamento, como reagem a vida em sociedade e muito mais, - Seguindo a orientação do parágrafo anterior - assistam ao filme.


O longa dirigido por Lanny Abrahamson, foi indicado ao Oscar como, Melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e Brie Larson levou estatueta de melhor atriz pra casa.

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